Tercília Osório – Psicóloga Online

Ansiedade ocupacional e burnout: o verdadeiro preço da alta performance

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Você sempre deu conta de tudo. A pressão do dia a dia, as metas desafiadoras, a gestão da equipe… você é, muitas vezes, a pessoa para quem todos olham em busca de respostas.

Mas, ultimamente, o custo para “dar conta” tem sido alto. Muito alto.

Talvez você não chame o que sente de “ansiedade” ou “burnout”. Você chama de “cansaço”, “estresse” ou “uma fase ruim”. Você apenas percebe que sua mente não desliga mais ao fim do dia , que seu sono não é mais reparador e que sua paciência com a equipe e com a família está cada vez mais curta.

Antes de tudo, quero que você saiba de uma coisa: o que você está sentindo não é fraqueza.

Esse é o primeiro e mais importante ponto. O que você sente é uma resposta natural de um sistema (seu corpo e sua mente) que está há muito tempo em estado de sobrecarga. O seu sucesso e sua competência, ironicamente, se tornaram um fardo.

Você se identifica com estes sinais?

Para o líder de alto desempenho, a ansiedade não aparece como “medo”, ela se disfarça no dia a dia, escondida atrás da necessidade de performar.

Veja se algum destes sintomas parece familiar:

  • Sobrecarga mental crônica: sua mente não “desliga”. Você está constantemente planejando, resolvendo problemas ou ensaiando conversas, o que leva à insônia ou a um sono que não repara.

  • Irritabilidade e reatividade: sua paciência com a equipe está curta. Você se torna reativo ou ríspido sob pressão, o que prejudica a comunicação e o moral do time.

  • Dificuldade em delegar (microgerenciamento): o medo de que a equipe não execute no seu padrão faz com que você centralize tarefas, sobrecarregando-se e gerando gargalos.

  • Queda na clareza de decisão: a “mente acelerada” torna difícil tomar decisões estratégicas com clareza, especialmente sob pressão.

  • Ansiedade de desempenho: aquele nervosismo intenso antes de reuniões cruciais ou o perfeccionismo excessivo por medo de falhar publicamente.

Se você se identificou com vários desses pontos, você não está sozinho. Esses são os sinais claros de que a ansiedade ocupacional está instalada.

O ciclo do esgotamento: estresse, ansiedade e burnout

Muitas pessoas acham que o burnout (síndrome do esgotamento profissional) é algo que acontece “do dia para a noite”. Mas ele é a etapa final de um processo.

A maioria dos profissionais que atendo passa por este ciclo vicioso:

Estágio 1: o estresse 

É a pressão operacional diária, as metas agressivas, a gestão da equipe. O estresse é uma “dor de curto prazo”. O problema é quando ele se torna crônico e nunca vai embora.

Estágio 2: a ansiedade ocupacional 

Quando o estresse é crônico, seu corpo entra em estado de alerta constante. Esta é a ansiedade ocupacional. É a mente que não desliga, o medo constante de falhar, a incapacidade de relaxar. Você não está mais apenas lidando com a pressão; você está reagindo a ela 24/7.

Estágio 3: o burnout 

O burnout é o esgotamento final desse ciclo. É quando o sistema “quebra”. Ele é marcado por três fatores principais:

  1. Exaustão extrema: física e mental.
  2. Cinismo: uma desconexão e visão negativa em relação ao trabalho.
  3. Baixa eficácia: a sensação de que você não é mais competente no que faz.

O burnout não é uma falha moral. É a consequência matemática de uma performance insustentável.

A terapia não é sobre "desacelerar", é sobre retomar o controle

Eu sei o que você pode estar pensando. “Eu não tenho tempo para terapia” ou “Eu não posso ‘desacelerar’ agora”.

Aqui está a mudança de perspectiva que proponho: a terapia para líderes não é sobre “parar”, é sobre “se fortalecer”.

Muitos temem que a terapia os torne “moles” ou que percam a “garra” que os levou ao sucesso. Acontece exatamente o oposto. O objetivo é desenvolver a resiliência mental para que você possa manter sua performance, mas sem o custo do esgotamento.

Como a terapia ajuda na prática?

  • Um espaço seguro e confidencial: antes de tudo, a terapia é um espaço 100% sigiloso. É o único lugar onde você pode tirar a “armadura” da liderança e falar sobre suas inseguranças, medos e sobre a “solidão do topo”, sem medo de julgamentos ou de parecer fraco.

  • Entendendo seus padrões: vamos olhar para o que realmente está causando a sobrecarga. É a autocobrança excessiva? A dificuldade em dizer “não” e impor limites? O medo de delegar? Vamos encontrar a raiz desses padrões.

  • Desenvolvendo ferramentas práticas (TCC): a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é muito eficaz aqui. Vamos trabalhar de forma focada para quebrar o ciclo de pensamentos acelerados, gerenciar a reatividade emocional e reestruturar as crenças de que “sacrifício é igual a sucesso”.

  • Recuperando o controle da sua mente: o objetivo final é recuperar sua clareza mental. Você aprenderá a gerenciar sua mente, em vez de ser gerenciado por ela. Isso melhora seu foco, sua tomada de decisão, sua comunicação e, o mais importante, sua qualidade de sono e de vida.

Conte com a minha ajuda nesse processo

Sua ambição, sua carreira e seus resultados são importantes. Mas eles não podem custar sua saúde e sua paz. Você pode, sim, ter alta performance com leveza e clareza mental.

Se você se sentiu compreendido por este texto e percebeu que está na hora de quebrar esse ciclo de exaustão, eu estou aqui para ajudar você nesse caminho.

Vamos conversar? Agende uma sessão e dê o primeiro passo para recuperar sua tranquilidade e o controle da sua vida.

Sobre a autora

Tercilia Osório é psicóloga especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), com foco em desenvolvimento emocional, autoestima e relacionamentos. Atua de forma acolhedora, ética e personalizada, ajudando cada paciente a encontrar clareza e equilíbrio emocional para viver com mais propósito.